Big rider e salva-vidas Marcos Monteiro e ex-surfista profissional Neco Padaratz dão as dicas.
Entrar
no mar em busca de altas ondas é o que move os surfistas. Porém, o que
se move também são as correntes marítimas, que podem estragar uma tarde
de surf. Neco Padaratz; o salva-vidas e big rider carioca Marcos
Monteiro e Cléber do Vale, Tenente do Grupamento de Bombeiros do
Guarujá, nos ajudam a saber como evitar esse problema.
Pode
parecer besteira, mas é comum surfistas (e banhistas) caírem em
correntes marítimas. Basta estar no local errado, geralmente em uma
praia que não conhece bem, e uma correnteza de alto-mar pode levá-lo em
poucos instantes para uma zona atrás da arrebentação. O surfista Neco
Padaratz tem a experiência de 10 anos na elite do surf mundial e sabe
dos riscos que uma session envolve.
“Quando o mar sobe
muito rápido, surge a corrente de retorno – a pior do mundo. Geralmente,
o cara só percebe quando começa a ser puxado para o alto-mar e vê todo
mundo remando pro inside, aí fica aquele volume de água que parece tomar
conta dos braços. Sair dali é difícil”, analisa o surfista. A chamada
corrente de retorno acontece em um local mais profundo e com menos onda,
onde o volume d’água que veio com a série retorna para o alto-mar com
bastante força, inutilizando qualquer tipo de remada.
A
saída do mar depende muito das características de cada praia, mas
existem algumas regras que podem ajudar na maioria dos casos. O
salva-vidas carioca Marcos Monteiro indica que, caso você seja
arrastado, uma das melhores maneiras de tentar sair da água é traçar uma
linha diagonal em relação à praia e procurar o local que tenha mais
ondas, usando a força do mar a seu favor. “Se não for possível chegar
até a praia, a melhor opção é tentar manter a calma e levantar um dos
braços para que alguém, de preferência um guarda-vidas, vá resgatá–lo.
Nunca, em hipótese alguma, largue sua prancha”, alerta Marcos.
Caso
a correnteza esteja forte e você não consiga mais remar nem chamar
pedir ajuda, o tenente Cléber do Vale diz que “o melhor a fazer é boiar e
deixar a corrente te levar até outra praia, onde poderá sair”. Caso se
depare com uma situação de risco em alto-mar, como alguém se distanciado
do lineup, preste ajuda à vítima, mas, para isso, é importante seguir
algumas dicas. Segundo Marcos Monteiro, “o desespero, a velocidade e
direção de deslocamento da vítima indicam risco de afogamento. O ideal é
tomar muito cuidado na aproximação para não ser levado junto, além de
usar algum objeto como boia e tentar passar tranquilidade”.
Ao ser arrastado para alto-mar, apenas duas coisas podem te salvar: um salva-vidas ou um helicóptero.
RESUMINDO:
01.
A perigosa corrente de retorno acontece em um local mais profundo, onde
o volume da água que veio com a série retorna para o alto-mar com
bastante força.
02. Ao ser levado por uma correnteza,
trace uma linha diagonal em relação à praia e procure o local que tenha
mais ondas, usando a força do mar a seu favor.
03. Se
não for possível chegar à praia, mantenha a calma e levante um dos
braços para que um salva-vidas vá resgatá-lo. Nunca abandone sua prancha
ou qualquer outro objeto que sirva de boia.
04. Quando
não tiver mais força para remar, deixe-se levar pela correnteza até
outra praia, onde poderá sair com mais facilidade.
05.
Caso vá socorrer alguém, tome cuidado na aproximação para não ser levado
junto. Leve algo que sirva de boia e tente passar tranquilidade à
vítima.
Fonte: http://hardcore.uol.com.br/foi-levado-pela-corrente/
Texto Rafael Thomé
Arquivo HC
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